A cor da Cerveja

A cor da cerveja cria em nosso cérebro expectativas em relação à cerveja

A primeira característica da cerveja que chama atenção do apreciador é sem dúvida a cor, a partir da observação deste parâmetro o cérebro cria imediatamente uma expectativa em relação às demais características sensoriais da bebida.

Proveniente das substâncias corantes do malte de cevada, a cor é uma das características de identidade da cerveja que revela muito sobre a bebida. Do amarelo palha percorre tons dourados, acobreados, marrons chegando ao preto. Além das substâncias corantes do malte, outros ingredientes podem ser responsáveis pela cor da cerveja, por exemplo, quando adicionadas frutas ao processo produtivo, ou ainda:

Você sabia que a legislação brasileira permite a adição de corantes naturais na cerveja?

Sim, a legislação permite a correção ou intensificação da cor por meio da adição dos seguintes corantes:

Existem duas escalas para identificação da tonalidade da cor de cerveja: A Standard Reference Method – SRM e a European Brewery Convention – EBC.

No Brasil a legislação utiliza a unidade EBC para quantificação da cor em cervejas.

Veja na tabela abaixo a correlação dos valores entre as escalas (SRM e EBC) e a classificação de acordo com o Decreto Nº 6871 de 04/06/2009 que regulamenta a Lei Nº 8918 de14/07/1994.

Você como um apaixonado por cerveja, já sabe que cada estilo possui uma cor característica, certo?

Mas, você já sabe como garantir que está conseguindo uma coloração exata para o estilo que está produzindo?

Nós do Laboratório da Tecnologia de Bebidas – LATEB podemos te apoiar nisso, basta entrar em contato conosco e enviar sua amostra.

Existem basicamente duas formas de verificar se a cor está adequada ao estilo:

Primeira: Por meio da análise visual comparando com a escala padrão. É um método eficaz, mas que depende de uma boa experiência do avaliador. Vale ressaltar que muitos fatores interferem numa avaliação precisa quando o método for visual, por exemplo: Luminosidade do ambiente, quantidade de amostra no copo, posição de visualização, presença de espuma e ainda interferências relacionadas às condições visuais do avaliador.

Segunda: A forma mais precisa e exata para a quantificação da cor é submetendo a amostra à ensaios realizados em laboratórios, por meio de métodos analíticos testados e validados que vão apresentar resultados exatos em relação a cor da cerveja. Estes métodos são insubstituíveis quando a cor está muito próxima do limite de classificação ou ainda para testes de contraprovas.

Sabe aquele ditado: “Comer com os olhos”?

Teve origem no século VIII a.C. quando os Romanos montavam banquetes oferecidos aos deuses, cujos alimentos não podiam ser consumidos ou tocados, apenas observados. Nesta condição os presentes apenas olhavam, imaginavam e desejavam consumir aqueles com melhor aparência.

Então, faça os apreciadores “beber com os olhos” sua cerveja, estimule o desejo de consumo, produza com padrão de qualidade, não importa se você produz apenas para consumo, se comercializa, se é pequeno produtor ou não.

Aproveite a capacidade de autopromoção do seu produto, estou me referindo à cor da sua cerveja, então capriche e Boa Sorte!

MSc. Deise Ferreira de Souza 

Laboratório da Tecnologia de Bebidas – LATEB

lateb@sc.senai.br  – (49) 3531-3504

Referências:

DECRETO Nº 6.871, DE 4 DE JUNHO DE 2009. Regulamenta a Lei n^o 8.918, de 14 de julho de 1994, que dispõe sobre a padronização, a classificação, o registro, a inspeção, a produção e a fiscalização de bebidas.